domingo, 3 de novembro de 2013

Parabéns! Você conseguiu.

Parabéns! Você conseguiu. Sinta-se vitorioso por conseguir desfazer um sentimento, por acabar com alguém por dentro e nem sequer se desculpar.
Parabéns, por conseguir forjar um sentimento.
Por se vingar em tantos momentos, por uma falha que dissera perdoada.
Parabéns, por ser pior que eu.
Por fingir gostar, ter prazer, querer.
Se um dia você quis alguma coisa, hoje já não sei. Agora já não quero.
Mas isso agora pouco importa, estou indiferente a você e a tantos outros.
Tesão não me comove, lágrimas não me convencem e um olhar 43 não mais me abala.
Me movimento por outros lugares, caminho em outra direção.
Se um dia meu caminho cruzou com o seu, saiba que agora qualquer atalho que leve ao lobo mau, é melhor do que ter o desprazer de ter que te ver.
O que um dia tanto eu quis, hoje nem desprezo, nem odeio.
Ignoro. Silencio.
Mas, se ainda eu puder te fazer um pedido será esse: me favorece com tua ausência.
E, parabéns! Você conseguiu.

Sobre homens-carrapatos.

Ela imaginava que ele ficaria para sempre entranhado em seus poros, como um parasita, que se apoderara dela e dali jamais sairia.
Um dia o carrapato, que ali se alojara no corpo daquela cadela, quando perguntado sobre se aquele animal era uma cadela, o carrapato respondera:
 - Não é uma gata.
- Ora, carrapato. Você me consome, me usa, me suga, sorve-se de mim e nem sequer tem coragem de assumir que suga uma cadela!Fora hospedeiro.

Pode parecer uma metáfora muito louca, nojenta ou até mesmo estúpida, mas é a forma asquerosa que às vezes encontramos de nos referir à algumas pessoas. Essa talvez tenha sido a melhor forma de encontrar o ponto ápice do desapego. Ela teve de perceber, que o seu sangue, seu suor, seu amor não tinham valor para àquele carrapato. Pior agora ela se convenceu de que seu sangue vale muito para carrapatos.
Sobre parasitas ela prefere não pensar mais. Isso é uma decisão.