domingo, 28 de setembro de 2014

Pra um amor que se chama justo.



Vou fazer um poema pra gente.
Prometo que vai ser diferente
e vou tentar não usar mais um clichê.

Quando um amor é diferente a gente se acha inocente
se parece com um adolescente
se acha inconsequente, sem saber o que fazer.

Eu que achava que sabia, 
que sentia e que dizia
que aquilo tudo era amor.

Acabou.
Você chegou com esse verbo resete.
estampado em seu olhos
e me formatou.

Lancei fora o que sabia.

Hoje eu sinto diferente
e penso que já sei o que amar.
Talvez seja isso, talvez seja aquilo.

O que sei é o que sinto,
tenho sido paciente e diferente de tanta gente que tem pressa em amar.

O fato é que parei na tua, 
e hoje já não olho a Lua.

Te sinto na brisa, na chuva,
me abraças com tua voz e me leva contigo
pro teu coração
toda vez que me olhar.

Esse amor se chama justo.
Porque se chama.
Deus meu juiz.

De volta ao melhor de mim.




DE volta ao melhor de mim. Ao vazio que deixei pra trás. Ao abismo que criei em meio a esse turbilhão em que me encontro.
Esqueci de me lembrar que nessas entranhas tessituras em que me encontro, me esvazio e me encaixo.
Esse novelo de palavras, turbilhão na contramão, onde escrevo e me inscrevo, onde pulso e repulso dentro de mim.
Essa escrita de antíteses em que nada sei de paradoxos, vou catando palavras pra falar de quem?
Escrevo para ?
Paro de escrever e ausento a quem?
Volto a escrever e sinto um mundo todo cheio.
O mundo que sou eu e mais...
Mais quem?
Quem?
O que seria ler senão se expor?
Se mostrar , se julgar.
Dizer isso e entender aquilo.
Soprar no vento, atingir ninguém ou todo mundo.
Nação, anão, nações qualquer um.
Vestido ou nu.
Escrever é o ler indizivelmente.

Voltei, descobri que sempre estive aqui.
Inerte em mim. Maturando.
Na amadurescência de mim.
Saí criança, voltei jovem.
Retorno velha, madura.
Ainda não caduca, mas caducando sentimentos que insistem crônicos dentro de mim.
Outrossim, outrossim.
Agora e eterno.