sábado, 14 de setembro de 2013

Sobre as coisas que descobrem da escrita gente.

Na véspera daquele encontro, eu fui convidada a fazer a minha classificação vocal no coral; meio rouca e com um receio frenético de não ser mais uma vez posta na posição de soprano, fui.
Tive a sorte de ser a primeira, e de ser novamente soprano.
Olhei no relógio, decidi ir. Cheguei atrasada.
Naquele momento, em meio a tantos textos, não me preocupei com o que pensariam a respeito do meu. Não me julguei. Apreciei os demais.
Ao pôr do sol, me pus a escrever. Falar de estações.
Lembrei de minhas paixões, criei ou reconheci uma tal mulher-rubra, não sei ao certo.
O instante dessa leitura, foi eloquente.
No meio de tanta gente, vezes e voz, uma estalou. Falou de minha escrita confessional.
Percepção fatal.
Eu que escrevia, sem imaginar que nunca perceberiam. A...
Primeira pessoa.
Eu.
Latente em meus versos, malditos verbos! Linha azul de minhas costuras.
Casa de meus botões.
Terceira pessoa.
Ela, que ora é Capitu, oblíqua e dissimulada, ora é.
O nosso rosto no espelho dos outros, é assim nossa escrita no inaudível mundo-leitor.