domingo, 3 de novembro de 2013

Sobre homens-carrapatos.

Ela imaginava que ele ficaria para sempre entranhado em seus poros, como um parasita, que se apoderara dela e dali jamais sairia.
Um dia o carrapato, que ali se alojara no corpo daquela cadela, quando perguntado sobre se aquele animal era uma cadela, o carrapato respondera:
 - Não é uma gata.
- Ora, carrapato. Você me consome, me usa, me suga, sorve-se de mim e nem sequer tem coragem de assumir que suga uma cadela!Fora hospedeiro.

Pode parecer uma metáfora muito louca, nojenta ou até mesmo estúpida, mas é a forma asquerosa que às vezes encontramos de nos referir à algumas pessoas. Essa talvez tenha sido a melhor forma de encontrar o ponto ápice do desapego. Ela teve de perceber, que o seu sangue, seu suor, seu amor não tinham valor para àquele carrapato. Pior agora ela se convenceu de que seu sangue vale muito para carrapatos.
Sobre parasitas ela prefere não pensar mais. Isso é uma decisão.

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