Ela já não suportava mais tanta solidão, aqueles desejos infindáveis e aquela nostalgia de "não sei quem ou o quê". Ela se sentia só.
Junto com sua solidão e seu ser só, estavam atadas tranças mal feitas, nós no cabelo que há dias não penteava...
Estava se perdendo e perdendo o melhor de si e para si: o amor.
Ela queria gritar, amar, sorrir, ser alguém junto de alguém.
Queria alguém que a ligasse ao fim do dia para perguntar coisas simples.
Ela é simples, ela quer ser amada, desejada.
A vida já maltratara demais essa menina de porcelana paraguaia. Sua vida sentimental... bem, o que é mesmo que estava falando sobre ela?
Nesse frenesi de poeiras cósmicas, onde tateio seus escombros, seus dedos esfolados de tantas solidões dedilhadas, me rasgo com ela e por ela.
A fim de que ela tenha espaço, seja ouvida, lida e percebida.
Ela está entre os escombros, mas já não geme, não chora, não grita...
Ela murmura silêncios em escombros invisíveis.