domingo, 29 de abril de 2012

Inquietações

Estranho seria se em algum momento eu não me desse conta do que não fiz.
Tenho me dado conta dos meus feitos e sentido uma necessidade enorme de refazer meus passos e consertar minhas inquietudes.
Meu ser prolixo que ora me exalta e ora me desfalece.
Minha escrita tantas vezes incompreendida, que escoa e escorre pelos ralos de uma rede que não tenho dimensão dos mares que alcança, balança muitos pescadores nesse mar infinito.
Letras, literaturas e sistemas linguísticos que me sugam todo o ser e que me consomem num frenesi hermético do qual sou presa fácil, do qual me rendo, me lanço e me devoro.
Páginas nas quais eu mergulharia um dia inteiro se pudesse me suster apenas das palavras.
Inquieta-me poder ter de ir desbravando horizontes a cada dia; há vários universos para descobrir.
A descoberta tem sido esmiuçada.
Desatei nós e adornei meus cestos com belas fitas de cetim.
Ganhei as chaves de um universo em que dou acesso aos que tem mérito e aos que me convencem de que entraram para ficar, mas que tem a porta da sala sempre aberta para poder ir e voltar.



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